Adriana Carta; Maria Gabriela de Lucca; Milton D. Pires; Suzana Margareth Lobo
J. Bras. Patol. Med. Lab. 2016;52(6):367-373
DOI: 10.5935/1676-2444.20160060
ABSTRACT
INTRODUCTION: Detection of sepsis and septic shock is essential, since any delay in initiating a proper treatment is associated with a worse prognosis.
OBJECTIVE: To evaluate levels of interleukin-6 (IL-6) early in the onset of the evolution of sepsis associated-organ dysfunction and its relation to the need for more advanced supportive therapies.
METHODS: This is a prospective study at a 43-bed mixed Medical-surgical Intensive Care Unit (ICU) in a university hospital. Patients admitted to the ICU, over 18 years of age, with severe sepsis or septic shock and who presented the first organ dysfunction in less than 48 hours of admission to the ICU were included. We monitored in a daily basis the advanced supportive therapies, need for vasopressors, mechanical ventilation, or renal replacement therapy (RRT), until hospital discharge or death. Blood samples to measure the serum IL-6 levels were collected at the time of inclusion in the study, at 12 and 24 hours later. Patients were divided into two groups according to serum IL-6 levels at admission (Low IL-6: < 1,000 pg/ml or High IL-6: > 1,000 pg/ml).
RESULTS: The need for norepinephrine was significantly higher in the group with High IL-6 (100%) than in the group with Low IL-6 (62.5%) (p = 0.009). RRT was also more frequent in patients with High IL-6 than in those with Low High IL-6 (87.5% vs. 55.5%, respectively, p = 0.056).
CONCLUSION: These findings suggest that the evaluation of serum IL-6 level is useful in the early phase of the severe sepsis and septic shock in order to identify higher-risk patients.
Keywords: sepsis; septic shock; biological markers; multiple organ failure; interleukin-6; hospital mortality.
RESUMO
INTRODUÇÃO: É primordial identificar a sepse e o choque séptico, uma vez que qualquer atraso no início do tratamento adequado associa-se ao pior prognóstico.
OBJETIVO: Avaliar níveis de interleucina 6 (IL-6) no início da evolução da disfunção orgânica na sepse e sua relação com a necessidade de terapias de suporte avançado.
MÉTODOS: Estudo prospectivo em uma unidade de terapia intensiva (UTI) médico-cirúrgica com 43 leitos em um hospital universitário. Pacientes com sepse grave ou choque séptico internados na UTI com idade ≥ 18 anos que apresentaram a primeira disfunção orgânica em menos de 48 horas de admissão na UTI. Foram monitoradas diariamente, até a alta hospitalar ou o óbito, terapias de suporte avançado, necessidade de vasopressores, ventilação mecânica e terapia de substituição renal (TSR). Amostras de sangue para medir os níveis séricos de IL-6 foram coletadas no momento da admissão no estudo, 12 e 24 horas depois. Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com níveis séricos de IL-6 na admissão (Baixa IL-6: < 1.000 pg/ml ou Alta IL-6: > 1.000 pg/ml).
RESULTADOS: A necessidade de norepinefrina foi significativamente maior no grupo com altos níveis de IL-6 (100%) do que no grupo com baixa IL-6 (62,5%) (p = 0,009). TSR também foi mais frequente em pacientes com alta IL-6 do que naqueles com baixa IL-6 (87,5% vs. 55,5%, respectivamente, p = 0,056).
CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que a avaliação dos níveis séricos de IL-6 seja útil na fase inicial do choque séptico e da sepse grave a fim de identificar pacientes de maior risco.
Palavras-chave: sepse; choque séptico; marcadores biológicos; falência múltipla de órgãos; interleucina 6; mortalidade hospitalar.