Kárita C. F. Lidani; Rodrigo F. Barros; Fernanda Bovo
J. Bras. Patol. Med. Lab. 2015;51(4):212-217
DOI:10.5935/1676-2444.20150035
ABSTRACT
INTRODUCTION: Hemoglobin S (HbS) is one of the most common inherited hematological disorders in humans. In Brazil, the sickle-cell disease (SCD) has significant epidemiological importance due to its prevalence and the morbidity-mortality and, therefore, it has been identified as a matter of public health.
OBJECTIVE: To determine the prevalence of HbS among Asian Brazilian, Afro Brazilian, and Euro Brazilian individuals of a blood bank in Curitiba.
MATERIAL AND METHOD: The study was conducted from January 2008 to December 2009, and included 83,213 donors seen at the Instituto Paranaense de Hemoterapia e Hematologia.
RESULTS AND DISCUSSION: The prevalence of HbS in the studied population was 0.9%, among them, 0% Asian Brazilians, 2.7% Afro Brazilians, and 0.7% Euro Brazilians. There was a positive association, statistically significant for the sickle cell trait in Afro-descendants, with odds ratio (OR) 4.01; confidence interval (CI) 3.42-4.72; and 95% confidence.
CONCLUSION: This study showed higher rates of sickle cell trait in Afro Brazilians, which corroborates data published in other Brazilian regions and states.
Keywords: hemoglobin S; blood donors; prevalence.
RESUMO
INTRODUÇÃO: A hemoglobina S (HbS) é uma das alterações hematológicas hereditárias de maior frequência na espécie humana. No Brasil, a anemia falciforme (AF) tem importância epidemiológica significativa em virtude da prevalência e da morbimortalidade que apresenta e por isso tem sido apontada como uma questão de saúde pública.
OBJETIVO: Determinar a prevalência de HbS entre indivíduos de origem asiática, afro e euro-brasileira de um banco de sangue de Curitiba.
MATERIAL E MÉTODO: O estudo foi realizado no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2009, no qual foram incluídos 83.213 doadores atendidos no Instituto Paranaense de Hemoterapia e Hematologia.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A prevalência geral de HbS na população estudada foi de 0,9%, sendo 0% entre asiático-brasileiros, 2,7% entre afro-brasileiros e 0,7% entre euro-brasileiros. Houve associação positiva, significativa estatisticamente, para o traço falcêmico nos afrodescendentes, com odds ratio (OR) de 4,01 e intervalo de confiança (IC) 3,42-4,72, com 95% de confiança.
CONCLUSÃO: O presente trabalho demonstrou maiores índices de traço falcêmico em afro-brasileiros, o que corrobora dados publicados em outras regiões e estados brasileiros.
Palavras-chave: hemoglobina S; doadores de sangue; prevalência.